Relatoria 7 – Aula sobre Luciano Floridi e Jaron Lanier - Por Ana Claudia Fernandes Gomes




Relatoria 7 – Aula sobre Luciano Floridi e Jaron Lanier - Por Ana Claudia Fernandes Gomes
Em 01 de outubro de 2019, a professora Brasilina Passarelli apresentou as biografias e as obras de Luciano Floridi e Jaron Lanier importantes referências para a compreensão da sociedade contemporânea hiperconectada.
Luciano Floridi é um filósofo italiano, pertencente ao Oxford Internet Institute, que busca compreender, a partir de perspectiva transdisciplinar, o papel da informação no tempo contemporâneo. Organizador do On Life Manifest (2011) reuniu uma equipe multidisciplinar de pesquisadores para “imaginar futuros” e mapear o “aqui e agora” da Internet, partindo do pressuposto que a conectividade constante ou “não existe estar desconectado”, promove a “reconfiguração do real” e da vida humana. O conceito de humano muda após a Internet, que altera também as referências de saúde, segurança, privacidade, ao configurar novas instâncias sociais da cultura digital. Com diferentes níveis de privacidade, a Internet pode ser mais insegura que a vida real. O livro A quarta revolução também foi apresentado para conceituar as reconfigurações da vida social: a primeira revolução foi a da agricultura, que trouxe o sedentarismo como opção ao nomadismo; a segunda revolução foi a industrial, que trouxe as máquinas como opção ao trabalho manual; a terceira revolução foi a cognitiva psicanalítica, que trouxe os conceitos de self e auto-conhecimento para a compreensão do indivíduo; e a quarta revolução que trouxe as tecnologias digitais como opção para a reinvenção do humano e das relações sociais. Segundo Passarelli, a percepção do humano altera-se a partir das experiências e descobertas de Copérnico, Darwin, Freud e Turing, este último considerado o “pai da inteligência artificial”, sendo a “infoesfera” o novo mundo em rede. Após a apresentação do vídeo de uma palestra do autor, foi iniciado um debate sobre os conceitos estudados, https://www.youtube.com/watch?v=c-kJsyU8tgI Diante das inovações já desenvolvemos usabilidades suficientes? Como compreender os neohumanos e os ciborgues? Estamos diante de rupturas como as provocadas pelas grandes navegações e a prensa de Gutemberg, como mapear esse cenário? Esses são alguns dos questionamentos provocados pelas “ideias selvagens” de Floridi.
            Jaron Lanier é um cientista da computação norte-americano, que em 1980 começou a especializar-se em “realidade virtual” e faz consultorias para grandes empresas de tecnologia, como Nintendo, Microsoft e Apple. Com as suas obras e manifestos, o autor desenvolveu filosoficamente a contracultura das redes sociais em Who ows the Internet? e Você não é um aplicativo. Segundo Passarelli, o autor pode ser compreendido como um “ativista digital” porque propõe novos modelos para as redes sociais, que combatem a hegemonia econômica do Google e reivindicam remuneração para todos os produtores de conteúdos e postagens das redes. O autor também alerta para o controle social e vigilância promovidos pela Internet. Após a apresentação de uma entrevista, https://www.youtube.com/watch?v=R4xuz8paIP8 iniciou-se o debate sobre as ideias de Lanier e os temas abordaram as alterações no mundo do trabalho, a convergência das mídias e a produção de crédito social e rankings pelas redes sociais.
            Na última parte da aula, eu, Bárbara e Elaine discutimos o projeto para elaboração do trabalho final de avaliação da disciplina.

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