Gerações Interativas Brasil
Crianças e adolescentes diante das telas
PASSARELLI, B.; JUNQUEIRA, A. H
São Paulo: Escola do Futuro/USP, 2012.
Colaboradores:
Fundação Telefônica Brasil, Fórum Gerações Interativas e Universidade de Navarra.
Para a pesquisa “Gerações
Interativas Brasil - Crianças e adolescentes diante das telas” participaram mais
de 18 mil crianças e jovens com idades entre 6 e 18 anos, do ensino público e
particular das áreas urbanas e rurais das cinco regiões do Brasil.
A pesquisa buscava averiguar quando e em que circunstâncias os jovens e crianças acessavam a internet, o celular, a TV e os videogames. Buscava ainda identificar as peculiaridades de usos de acordo diversos fatores, como: gênero, faixa etária, região; acompanhamento e controle por parte dos pais; papel das escolas na interação do acesso e uso das tecnologias, entre outros aspectos.
A investigação possibilitaria compreender o que as crianças e jovens que já nascem conectados fazem diante das telas e deste modo conceber melhores planos de aprendizagem e promover o uso responsável das tecnologias.
O estudo foi realizado pela Fundação Telefônica em parceria com a Escola do Futuro da Universidade de São Paulo e do IBOPE, entre outros parceiros e tinha como objetivo conhecer em detalhe o uso e o valor das telas entre o público de6 a 18 anos, a Geração
Interativa, e avaliar seu impacto no âmbito familiar e escolar.
O livro é composto por 8 tópicos principais: introdução - o projeto “La Generación Interactiva: niños y adolescentes ante las pantallas”; O hibridismo do contemporâneo conectado; As telas digitais no Brasil: contextos e perspectivas; Geração interativa Brasil: o que “dizem” as crianças e os jovens; O que nós aprendemos até agora...; Referências bibliográficas; Autores e equipe e lista de gráfico.
Na introdução: O Projeto “La Generación Interactiva: niños y adolescentes ante las pantallas” é contextualizado o cenário ao qual a sociedade contemporânea em rede faz emergir novas lógicas, semânticas, novas formas de aprendizagem, novos modelos de negócios e novas práticas que vão muito além da simples dualidade emissor-receptor. Na contemporaneidade há redefinição dos papéis destes atores em rede e uma reciprocidade das ações comunicacionais onde estes são prosumers (produtor+consumidor). Emerge também novos conceitos e plataformas, como: hipertexto, multimídia, cibercultura, interatividade, wikis, blogs, personas, jogos em rede, comunidades virtuais de aprendizagem, redes sociais e folksonomias (reputação em rede), entre outros.
A pesquisa se deu através de um questionário online que era respondido por estudantes em computadores da própria escola. Os questionários eram distintos, preparados de acordo com a faixa etária dos estudantes: de6 a 9 anos e de 10 a 18 anos. O anonimato dos
alunos era mantido e os dados obtidos foram devolvidos aos docentes,
estudantes, pais e responsáveis, para que houvesse o máximo de aproveitamento
da pesquisa.
No capítulo 2: o hibridismo do contemporâneo conectado - 2.1 Literacias Emergentes dos Atores em Rede: a segunda onda da inclusão digital apresenta entre outras questões como a rede e o modelo aberto da internet vêm forjando novas relações de poder, assim como relações mais horizontalizadas tanto do ponto de vista pessoal como profissional contrapondo o modelo hierárquico anterior, conforme descrito por PASSARELLI:
A pesquisa buscava averiguar quando e em que circunstâncias os jovens e crianças acessavam a internet, o celular, a TV e os videogames. Buscava ainda identificar as peculiaridades de usos de acordo diversos fatores, como: gênero, faixa etária, região; acompanhamento e controle por parte dos pais; papel das escolas na interação do acesso e uso das tecnologias, entre outros aspectos.
A investigação possibilitaria compreender o que as crianças e jovens que já nascem conectados fazem diante das telas e deste modo conceber melhores planos de aprendizagem e promover o uso responsável das tecnologias.
O estudo foi realizado pela Fundação Telefônica em parceria com a Escola do Futuro da Universidade de São Paulo e do IBOPE, entre outros parceiros e tinha como objetivo conhecer em detalhe o uso e o valor das telas entre o público de
O livro é composto por 8 tópicos principais: introdução - o projeto “La Generación Interactiva: niños y adolescentes ante las pantallas”; O hibridismo do contemporâneo conectado; As telas digitais no Brasil: contextos e perspectivas; Geração interativa Brasil: o que “dizem” as crianças e os jovens; O que nós aprendemos até agora...; Referências bibliográficas; Autores e equipe e lista de gráfico.
Na introdução: O Projeto “La Generación Interactiva: niños y adolescentes ante las pantallas” é contextualizado o cenário ao qual a sociedade contemporânea em rede faz emergir novas lógicas, semânticas, novas formas de aprendizagem, novos modelos de negócios e novas práticas que vão muito além da simples dualidade emissor-receptor. Na contemporaneidade há redefinição dos papéis destes atores em rede e uma reciprocidade das ações comunicacionais onde estes são prosumers (produtor+consumidor). Emerge também novos conceitos e plataformas, como: hipertexto, multimídia, cibercultura, interatividade, wikis, blogs, personas, jogos em rede, comunidades virtuais de aprendizagem, redes sociais e folksonomias (reputação em rede), entre outros.
A pesquisa se deu através de um questionário online que era respondido por estudantes em computadores da própria escola. Os questionários eram distintos, preparados de acordo com a faixa etária dos estudantes: de
No capítulo 2: o hibridismo do contemporâneo conectado - 2.1 Literacias Emergentes dos Atores em Rede: a segunda onda da inclusão digital apresenta entre outras questões como a rede e o modelo aberto da internet vêm forjando novas relações de poder, assim como relações mais horizontalizadas tanto do ponto de vista pessoal como profissional contrapondo o modelo hierárquico anterior, conforme descrito por PASSARELLI:
O foco no usuário nasce juntamente com o modelo conceitual da Internet, que preconiza a comunicação de todos via de regra, com todos, instaurando uma rede de comunicação horizontal em oposição à hierarquia vertical que caracteriza as relações humanas em ambientes outros que não a Internet (PASSARELLI, 2007: p.11)
A sociedade contemporânea
em rede comporta o hibridismo onde todos são atores e consumidores, revolucionando
os conceitos da comunicação de massa onde os sujeitos e suas identidades são construídas
na interação com a máquina, Trata-se de sujeito como um sistema múltiplo e
heterogêneo no qual o espaço cibernético é um local de produção e vivência cultural.
O acesso à internet é colocado como um espaço de prática da liberdade que
promove o rompimento das fronteiras de ordem social e nacional.
Outro ponto que é retratado refere-se à inclusão digital que desde os anos 90 vem sendo relatada a necessidade de permitir o acesso a computadores e ferramentas de TICs (tecnologias da informação e da comunicação), contudo, a partir dos anos 2000 uma nova visão vem sendo adotada que transpassa o acesso e inclui as apropriações e usos dos conteúdos distribuídos na WEB 2.0. Em outras palavras, mas do que promover o acesso faz-se necessário estimular e possibilitar uso de forma crítica, para potencializar as capacidades informativas e cognitivas dos cidadãos.
Para Passarelli (2010) há duas “ondas” da sociedade em rede; a primeira figurava na necessidade de inclusão digital, já a segunda é evidenciada pela presença marcante de uma geração de nativos digitais.
Segundo pesquisa do IBOPE publicada em 2012, 79,9 milhões de brasileiros estavam conectados. À medida que aumentam o número de conectados os desafios que antes eram referentes à estrutura física de penetração da internet abre espaço para novos desafios e necessidades, tais quais: as habilidades cognitivas que envolvem leitura e escrita, literacias digitais, interpretação de textos, conhecimento mínimo de matemática, capacidade de raciocínio abstrato entre outros. Ser letrado nesse contexto significa ir além do letramento tradicional e passa para a necessidade de ser educado na linguagem multimídia e hipertextual.
No texto, a noção de “literacia” é explicitada de uma maneira mais abrangente referindo-se a “um processo permanente e contínuo de evolução” é definida como o conjunto de competências relacionadas à leitura, escrita e cálculo nas mais diferentes formas de representação. A literacia passa a ser vista como algo em permanente construção, que repercute diretamente sobre a vida das pessoas em sociedade referindo-se à capacidade dos indivíduos de interagir e comunicar-se utilizando as TICs.
Outro ponto que é retratado refere-se à inclusão digital que desde os anos 90 vem sendo relatada a necessidade de permitir o acesso a computadores e ferramentas de TICs (tecnologias da informação e da comunicação), contudo, a partir dos anos 2000 uma nova visão vem sendo adotada que transpassa o acesso e inclui as apropriações e usos dos conteúdos distribuídos na WEB 2.0. Em outras palavras, mas do que promover o acesso faz-se necessário estimular e possibilitar uso de forma crítica, para potencializar as capacidades informativas e cognitivas dos cidadãos.
Para Passarelli (2010) há duas “ondas” da sociedade em rede; a primeira figurava na necessidade de inclusão digital, já a segunda é evidenciada pela presença marcante de uma geração de nativos digitais.
Segundo pesquisa do IBOPE publicada em 2012, 79,9 milhões de brasileiros estavam conectados. À medida que aumentam o número de conectados os desafios que antes eram referentes à estrutura física de penetração da internet abre espaço para novos desafios e necessidades, tais quais: as habilidades cognitivas que envolvem leitura e escrita, literacias digitais, interpretação de textos, conhecimento mínimo de matemática, capacidade de raciocínio abstrato entre outros. Ser letrado nesse contexto significa ir além do letramento tradicional e passa para a necessidade de ser educado na linguagem multimídia e hipertextual.
No texto, a noção de “literacia” é explicitada de uma maneira mais abrangente referindo-se a “um processo permanente e contínuo de evolução” é definida como o conjunto de competências relacionadas à leitura, escrita e cálculo nas mais diferentes formas de representação. A literacia passa a ser vista como algo em permanente construção, que repercute diretamente sobre a vida das pessoas em sociedade referindo-se à capacidade dos indivíduos de interagir e comunicar-se utilizando as TICs.
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